PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DE PORTO REAL DO COLEGIO DESEJA A TODOS: UM ALEGRE E FELIZ PÁSCOA A TODOS. QUE JESUS RESSUSCITADO, RESSUSCITE CADA UM DA SUA FRAQUEZA INSUPORTÁVEL ==== Endereço: Praça Rosita Goes Monteiro, 819 CEP.57290-000 Porto Real de Colegio, Alagoas.///// Email: verbita.portorealdocolegio@gmail.com///Blog: svdportorealdecolegio.blogspot.com/////O Pároco: Pe. Bogdan Korka,svd>>>>>>>>>O Vigário: PADRE MARIUS LUDEN,SVD<<<<<<< Agora vamos rezar: AVE MARIA CHEIA DE GRAÇA, SENHOR É CONVOSCO.BENDITA SOIS VÓS ENTRE AS MULHERES, BENDITO O FRUTO DO VOSSO VENTRE JESUS. SANTA MARIA MÃE DE DEUS, ROGAI POR NÓS PECADORES, AGORA E NA HORA DE NOSSA MORTE.AMÉM

23 de abr. de 2011

SEMANA SANTA: HOMILIA E REFLEXÃO

SEXTA FEIRA SANTA DA PAIXAO DE JESUS



Redempti Estis (estis redempti)= vocês foram redimidos (resgatados). Vocês foram resgatados não pela prata nem ouro, mas pelo preciosíssimo sangue de Jesus Cristo derramado, cordeiro sem defeito e sem mancha (1Pe 1,18). Madre Teresa de Calcutá dizia: Quando participamos da Eucaristia, da missa, sabemos muito bem do quanto Deus nos ama”, porque Jesus continua nos amando, dando-nos Seu Corpo e Sangue para nos fortalecer na nossa caminhada para alcançar a vida eterna. É porque aqui o altar do cordeiro, Jesus é sacrificado para nos santificar, Jesus é morto para nos dar a vida.
Celebrar a Sexta-feira Santa nos leva a pensarmos na cruz e a cruz nos leva a pensarmos na dor e no sofrimento. E falar da dor é falar das pessoas concretas, pessoas que sofrem.

A pergunta que o próprio sofrimento faz a todos nós é esta: Se existe um Deus justo, por que existem o mal e o sofrimento? E se existem o mal e o sofrimento, como poderá existir um Deus justo? E se Deus é justo e misericordioso, por que um inocente ou uma criança recém-nascida sofre? Por que Deus parece ficar calado diante de uma oração para pedir a solução para um problema ou para um sofrimento insuportável? Por que as coisas ruins acontecem a pessoas boas? Como posso acreditar num Deus que ame a dor, num Deus que acende a luz vermelha às alegrias humanas?

Estas perguntas servem apenas como exemplo de uma ladainha de perguntas sobre o mesmo tema, a dor. As desgraças que atingem as pessoas boas não são um problema apenas para as próprias vítimas e para suas famílias, mas também são problemas para todos os que desejam acreditar em Deus e viver num mundo mais justo, fraterno, razoável e suportável.

Na sexta feira santa, percebemos que A dor é ao mesmo tempo a realidade e mistério, noite e dia, névoa e luz, fraqueza e força, morte e vida, desespero e esperança. Nós sofremos simplesmente porque essa é a condição do ser humano. A vida humana terrena é por si mesma pequena, fraca e frágil. A morte e a dor são companheiras naturais de nossa própria estrutura. O sofrimento chega a todos nós. Não lhe podemos escapar. Jesus Cristo também sente na própria carne todas as dimensões do sofrimento humano.
Popularmente, a cruz, com freqüência, tem sido tomado apenas como símbolo da dor humana. Às vezes se tem usado a negociar com a dor; tem sido motivo para justificar o sofrimento e ainda como pretexto para certas formas de repressão.

Precisamos estar conscientes de que na Cruz de Jesus não fica justificado o sofrimento humano. Sem dúvida nenhuma, Deus não aceita a sociedade na qual uns homens sofrem, desprezam, injustiçam, exploram, roubam, maltratam, atropelam e matam os outros. As cruzes que os homens levantam para seus irmãos são abomináveis aos olhos de Deus. É preciso lutar contra elas, pois Deus as detesta.

O que aparece na cruz é que o amor de Deus foi respondido pelos ódios e injustiças do homem. O que aparece na cruz por isso é essa: Jesus “tomou as nossas enfermidades e carregou as nossas doenças, morreu pelos pecados do mundo” (Mt 8,17). O que aparece na cruz é o tremendo respeito de Deus pelo homem, embora Deus não concorde com tudo o que os homens fazem. Na cruz, se encontra o poder de Deus, O poder de Deus que não se manifesta de forma destruidora, mas se manifesta no amor que devolve ao homem a capacidade de viver na fraternidade onde um se torna protetor do outro.

A dor nos faz mais próximos de Jesus porque Ele “tomou as nossas enfermidades e carregou as nossas doenças. Portanto, Jesus não veio para glorificar a dor, mas sim para dar um sentido à dor, para dar um fim a seu reinado. A cruz de Jesus é um instrumento de exaltação porque ela é o fruto de amor. “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos” (Jo 15,13). A cruz é o último ato de uma vida vivida no amor, na doação e na entrega. A cruz é a expressão suprema do amor de Deus por nós. Por isso, para os cristãos a contemplação da cruz é fonte de alegria serena porque vemos na cruz a manifestação mais clara do amor de Deus por nós todos e por cada um em particular. Deus fez a alma humana de tal forma que apenas uma vida de bondade, de amor e de honestidade nos faz sentir espiritualmente saudáveis, humanos e fraternos. A cruz é o fim de um amor radical no qual já não importa considerar as conseqüências para a própria vida.

Todos nós carregamos alguma cruz na nossa vida. Há cruzes de todos os tipos. Há cruzes em todos os caminhos da nossa vida familiar e matrimonial, do trabalho, de nossa vida de fé. Há cruzes com Cristo, mas há também cruzes sem Cristo. Cada cruz, então, tem uma história e cada história tem uma cruz. A cruz sem Cristo é a cruz-condenação. A cruz sem cristo É a cruz de quem deseja ser feliz para si, mas não quer a felicidade dos outros, é a cruz de quem deseja ser amado, mas não quer amar, é a cruz de quem deseja receber, mas não quer doar, é a cruz de quem deseja a vitória sem luta. É a cruz que não tem finalidade em si mesmo. É a cruz sem fé, sem amor, sem sentido da vida, sem renúncia por amor. É a cruz de quem deseja viver numa liberdade sem responsabilidade. Jesus Cristo, que foi crucificado, transformou a cruz de castigo em bênção e vida. Essa é nossa esperança.

Redempti Estis, Fomos resgatados na cruz. Por isso, nunca podemos olhar para a cruz de Jesus sem nos lembrarmos da ressurreição. Sexta-Feira Santa não tem qualquer significado sem o Domingo da Páscoa. No Calvário a vida ganhou, porque o amor era mais forte que a morte. Somente a partir dessa perspectiva se pensa, se corrige e se assume o símbolo da cruz. A redenção é antes de tudo uma vitória. Cristo é o vencedor da morte. Cristo é o Salvador do mundo, Salvador de cada um de nós. Devemos contemplar hoje a Cruz de Cristo com olhos de fé. Desde que Cristo padeceu e morreu nela, a Cruz deixou de ser grande desonra-infame para converter-se em sinal de vitória e salvação.
Por essa razão, Jesus não pede ao Pai nenhum poder destruidor: não pede legiões de anjos que o protejam. Tampouco devolve o mal pelo mal, nem insulto por insulto, nem profere ameaças (cf. 1Pd 2,23), pois tudo isto a nada conduz e estaria no nível do mal e estaria em contradição com o próprio modo de ser de Deus. Jesus prefere o poder do amor, um poder desarmado. O poder do amor que permite Jesus exclamar: “Pai, perdoa-lhes porque eles não sabem o que fazem” (Lc 23,34). Palavras que somente podem escutar-se com profundo respeito: Jesus não só perdoa seus inimigos, mas faz mais: justifica-os, torna-os justos. Eles não sabem, pai, não condená-los, mas perdoai-los.

Mas, por favor, não por causa da misericórdia de Deus, vamos pecar a vontade. Se for assim, vamos continuar crucificar Jesus. Hoje Cristo poderia continuar sofrendo a Paixão quando vendermos nossa dignidade por algumas moedas como Judas que vendeu Jesus por trinta moedas de prata; Hoje Cristo poderia continuar sofrendo a Paixão quando negarmos ou mentirmos por vergonha e covardia, como fez Pedro; quando não confessarmos com valentia e sinceridade nossa fé; quando não defendermos a causa da justiça por medo dos problemas e dificuldades que isto possa nos trazer. Hoje Cristo continua sofrendo a Paixão quando lavarmos as mãos como Pilato diante da verdade.

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