PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DE PORTO REAL DO COLEGIO DESEJA A TODOS: UM ALEGRE E FELIZ PÁSCOA A TODOS. QUE JESUS RESSUSCITADO, RESSUSCITE CADA UM DA SUA FRAQUEZA INSUPORTÁVEL ==== Endereço: Praça Rosita Goes Monteiro, 819 CEP.57290-000 Porto Real de Colegio, Alagoas.///// Email: verbita.portorealdocolegio@gmail.com///Blog: svdportorealdecolegio.blogspot.com/////O Pároco: Pe. Bogdan Korka,svd>>>>>>>>>O Vigário: PADRE MARIUS LUDEN,SVD<<<<<<< Agora vamos rezar: AVE MARIA CHEIA DE GRAÇA, SENHOR É CONVOSCO.BENDITA SOIS VÓS ENTRE AS MULHERES, BENDITO O FRUTO DO VOSSO VENTRE JESUS. SANTA MARIA MÃE DE DEUS, ROGAI POR NÓS PECADORES, AGORA E NA HORA DE NOSSA MORTE.AMÉM

30 de nov. de 2010

PORTO REAL DO COLEGIO EM FESTA: 2° DIA DE NOVENA

2° DIA 30/11/2010 (terça-feira)

Tema: Maternidade de Maria

Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que Ele amava, disse à mãe: “Mulher, eis o teu filho!” (Jo 19, 26).

Homenag.: Terço dos homens e Povoados: Sobrado e Tapera

19:30 Novena e Missa Celebrante: Pe. Niraldo






































































CORAL DOS HOMENS: CORAL VICENTE DE PAULO








REFLEXÃO SOBRE A MATERNIDADE DE MARIA


1. “E a partir daquele momento, o discípulo recebeu-A em sua casa” (Jo. 19, 27)
Precisamente ele, João, filho de Zebedeu, apóstolo e evangelista, ouviu do alto da Cruz as palavras de Cristo: “Eis a tua Mãe”. Anteriormente, Jesus tinha dito à própria Mãe: “Senhora, eis o Teu filho”.
Este foi um testamento maravilhoso.
Ao deixar este mundo, Cristo deu a Sua Mãe um homem que fosse para Ela como um filho: João. A Ela o confiou. E, em consequência desta doação e deste acto de entrega, Maria tornou-se mãe de João. A Mãe de Deus tornou-se Mãe do homem.
E, a partir daquele momento, João “recebeu-A em sua casa”. João tornou-se também amparo terreno da Mãe de seu Mestre; é direito e dever dos filhos, efectivamente, assumir o cuidado da mãe. Mas acima de tudo, João tornou-se por vontade de Cristo o filho da Mãe de Deus. E, em João, todos e cada um dos homens d’Ela se tornaram filhos.

2. “Recebeu-A em sua casa” – esta frase significa, literalmente, na sua habitação.
Uma manifestação particular da maternidade de Maria em relação aos homens são os lugares, em que Ela se encontra com eles; as casas onde Ela habita; casas onde se sente uma presença toda particular da Mãe.

Estes lugares e estas casas são numerosíssimos. E são de uma grande variedade: desde os oratórios nas habitações e dos nichos ao longo das estradas, onde sobressai luminosa a imagem da Santa Mãe de Deus, até às capelas e às igrejas construídas em Sua honra. Há porém, alguns lugares, nos quais os homens sentem particularmente viva a presença da Mãe. Não raro, estes locais irradiam amplamente a sua luz e atraem a si a gente de longe. O seu círculo de irradiação pode estender-se ao âmbito de uma diocese, a uma nação inteira, por vezes a vários países e até aos diversos continentes. Estes lugares são os santuários marianos.

Em todos estes lugares realiza-se de maneira admirável aquele testamento singular do Senhor Crucificado: aí, o homem sente-se entregue e confiado a Maria e vem para estar com Ela, como se está com a própria Mãe. Abre-Lhe o seu coração e fala-Lhe de tudo: “recebe-A em sua casa”, dentro de todos os seus problemas, por vezes difíceis. Problemas próprios e de outrem. Problemas das famílias, das sociedades, das nações, da humanidade inteira.
3. Não sucede assim, porventura, no santuário de Lourdes na França? Não é igualmente assim, em Jasna Góra em terras polacas, no santuário do meu País, que este ano celebra o seu jubileu dos seiscentos anos?

Parece que também lá, como em tantos outros santuários marianos espalhados pelo mundo, com uma força de autenticidade particular, ressoam estas palavras da Liturgia do dia de hoje:“Tu és a honra do nosso povo” (Iudit. 15,10); e também aquelas outras:“Perante a humilhação da nossa gente”,“... aliviaste o nosso abatimento, com a tua rectidão, na presença do nosso Deus”(Iudt. 13,20).

Estas palavras ressoam aqui quase como eco particular das experiências vividas não só pela Nação portuguesa, mas também por tantas outras nações e povos que se encontram sobre a face da terra; ou melhor, elas são o eco das experiências de toda a humanidade contemporânea, de toda a família humana.

4. Venho hoje aqui, porque exactamente neste mesmo dia do mês, no ano passado, se dava, na Praça de São Pedro, em Roma, o atentado à vida do Papa, que misteriosamente coincidia com o aniversário da primeira aparição em Fátima, a qual se verificou a 13 de Maio de 1917.
Estas datas encontraram-se entre si de tal maneira, que me pareceu reconhecer nisso um chamamento especial para vir aqui. E eis que hoje aqui estou. Vim para agradecer à Divina Providência, neste lugar, que a Mãe de Deus parece ter escolhido de modo tão particular.
“Misericordiae Domini, quia non sumus consumpti” – Foi graças ao Senhor que não fomos aniquilados (Lam. 3, 22) – repito uma vez mais com o Profeta.

Vim, efectivamente, sobretudo para aqui proclamar a glória do mesmo Deus:“Bendito seja o Senhor Deus, Criador do Céu e da Terra”, quero repetir com as palavras da Liturgia de hoje (Iudt. 13,18).

E ao Criador do Céu e da Terra elevo também aquele especial hino de glória, que é Ela própria: a Mãe Imaculada do Verbo Encarnado:
“Abençoada sejas, minha filha, pelo Deus Altíssimo / Mais do que todas as mulheres sobre a Terra... / A confiança que tiveste não será esquecida pelos homens, / E eles hão-de recordar sempre o poder de Deus. / Assim Deus te enalteça eternamente” (Ibid. 13, 18-20).
Na base deste canto de louvor, que a Igreja entoa com alegria, aqui como em tantos lugares da terra, está a incomparável escolha de uma filha do género humano para ser Mãe de Deus.E por isso seja sobretudo adorado Deus: Pai, Filho, e Espírito Santo.
Seja bendita e venerada Maria, protótipo da Igreja, enquanto “habitação da Santíssima Trindade”.

5. A partir daquele momento em que Jesus, ao morrer na Cruz, disse a João: “Eis a tua Mãe”, e a partir do momento em que o discípulo “A recebeu em sua casa”, o mistério da maternidade espiritual de Maria teve a sua realização na história com uma amplidão sem limites. Maternidade quer dizer solicitude pela vida do filho. Ora se Maria é mãe de todos os homens, o seu desvelo pela vida do homem reveste-se de um alcance universal. A dedicação de qualquer mãe abrange o homem todo. A maternidade de Maria tem o seu início nos cuidados maternos para com Cristo.

Em Cristo, aos pés da Cruz, Ela aceitou João e, nele, aceitou todos os homens e o homem totalmente. Maria a todos abraça, com uma solicitude particular, no Espírito Santo. É Ele, efectivamente, “Aquele que dá a vida”, como professamos no Credo. É Ele que dá a plenitude da vida, com abertura para a eternidade.

A maternidade espiritual de Maria é, pois, participação no poder do Espírito Santo, no poder d’Aquele “que dá a vida”. E é ao mesmo tempo, o serviço humilde d’Aquela que diz de si mesma: “Eis a serva do Senhor” (Luc. 1, 38).
À luz do mistério da maternidade espiritual de Maria, procuremos entender a extraordinária mensagem que, daqui de Fátima, começou a ressoar pelo mundo todo, desde o dia 13 de Maio de 1917, e que se prolongou durante cinco meses, até ao dia 13 de Outubro do mesmo ano.

6. A Igreja ensinou sempre, e continua a proclamar, que a revelação de Deus foi levada à consumação em Jesus Cristo, que é a plenitude da mesma, e que “não se há-de esperar nenhuma outra revelação pública, antes da gloriosa manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo” (Dei Verbum, 4). A mesma Igreja aprecia e julga as revelações privadas segundo o critério da sua conformidade com aquela única Revelação pública.


7. Quando Jesus disse do alto da Cruz: “Senhora, eis o Seu filho” (Io. 19, 26), abriu, de maneira nova, o Coração da Sua Mãe, o coração Imaculado, e revelou-Lhe a nova dimensão do amor e o novo alcance do amor a que Ela fora chamada, no Espírito Santo, em virtude do sacrifício da Cruz.

8. Cristo disse do alto da Cruz: “Senhora, eis o Teu filho”. E, com tais palavras, abriu, de um modo novo, o Coração da Sua Mãe.
Pouco depois, a lança do soldado romano trespassou o lado do Crucificado. Aquele coração trespassado tornou-se o sinal da redenção, realizada mediante a morte do Cordeiro de Deus.
O Coração Imaculado de Maria aberto pelas palavras – “Senhora, eis o Teu Filho” – encontra-se espiritualmente com o Coração do Filho trespassado pela lança do soldado. O Coração de Maria foi aberto pelo mesmo amor para com o homem e para com o mundo com que Cristo amou o homem e o mundo, oferecendo-Se a Si mesmo por eles, sobre a Cruz, até àquele golpe da lança do soldado.

Consagrar o mundo ao Coração Imaculado de Maria significa aproximar-nos, mediante a intercessão da Mãe, da própria Fonte da Vida, nascida no Gólgota. Este Manancial escorre ininterruptamente, dele brotando a redenção e a graça. Nele se realiza continuamente a reparação pelos pecados do mundo. Tal Manancial é sem cessar Fonte de vida nova e de santidade.

Consagrar o mundo ao Imaculado Coração da Mãe significa voltar de novo junto da Cruz do Filho. Mais quer dizer, ainda: consagrar este mundo ao Coração trespassado do Salvador, reconduzindo-o à própria fonte da Redenção. A Redenção é sempre maior do que o pecado do homem e do que “o pecado do mundo”. A força da Redenção supera infinitamente toda a espécie de mal, que está no homem e no mundo.
O Coração da Mãe está conscio disso, como nenhum outro coração em todo o cosmos, visível e invisível.

E para isso faz a chamada.
Chama não somente à conversão. Chama-nos a que nos deixemos auxiliar por Ela, como Mãe, para voltarmos novamente à fonte da Redenção.
9. Consagrar-se a Maria Santíssima significa recorrer ao seu auxílio e oferecermo-nos a nós mesmos e oferecer a humanidade Àquele que é Santo, infinitamente Santo; valer-se do seu auxílio – recorrendo ao seu Coração de Mãe aberto junto da Cruz ao amor para com todos os homens e para com o mundo inteiro – para oferecer o mundo, e o homem, e a humanidade, e todas as nações Àquele que é infinitamente Santo. A santidade de Deus manifestou-se na redenção do homem, do mundo, da inteira humanidade e das nações: redenção esta que se realizou mediante o sacrifício da Cruz. “Por eles, Eu consagro-me a Mim mesmo”, tinha dito Jesus” (Io. 17, 19).

O mundo e o homem foram consagrados com a potência da Redenção. Foram confiados Àquele que é infinitamente Santo. Foram oferecidos e entregues ao próprio Amor, ao Amor misericordioso.

A Mãe de Cristo chama-nos e exorta-nos a unir-nos à Igreja do Deus vivo, nesta consagração do mundo, neste acto de entrega mediante o qual o mesmo mundo, a humanidade, as nações e todos e cada um dos homens são oferecidos ao Eterno Pai, envoltos com a virtude da Redenção de Cristo. São oferecidos no Coração do Redentor trespassado na Cruz.
A Mãe do Redentor chama-nos, convida-nos e ajuda-nos para nos unirmos a esta consagração, a este acto de entrega do mundo. Então encontrar-nos-emos, de facto, o mais próximo possível do Coração de Cristo trespassado na Cruz.


10. O Concílio Vaticano II, na Constituição dogmática sobre a Igreja “Lumen Gentium” e na Constituição pastoral sobre a Igreja no Mundo Contemporâneo “Gaudium et Spes” explicou amplamente as razões dos laços que unem a Igreja com o mundo de hoje. Ao mesmo tempo os seus ensinamentos sobre a presença especial de Maria no mistério de Cristo e da Igreja, maturaram no acto com que Paulo VI, ao chamar a Maria também Mãe da Igreja, indicava de maneira mais profunda o carácter da sua união com a mesma Igreja e da Sua solicitude pelo mundo, pela humanidade, por cada um dos homens e por todas as nações: a sua maternidade.
Deste modo, foi ainda mais aprofundada a compreensão do sentido da entrega, que a Igreja é chamada a fazer, recorrendo ao auxílio do Coração da Mãe de Cristo e nossa Mãe.


11. Assim, se por um lado o coração se confrange, pelo sentido elo pecado do mundo, bem como pela série de ameaças que aumentam no mundo, por outro lado, o mesmo coração humano sente-se dilatar com a esperança, ao pôr em prática uma vez mais aquilo que os meus Predecessores já fizeram: entregar e confiar o mundo ao Coração da Mãe, confiar-Lhe especialmente aqueles povos, que, de modo particular, tenham necessidade disso. Este acto equivale a entregar e a confiar o mundo Àquele que é Santidade infinita. Esta Santidade significa redenção, significa amor mais forte do que o mal. Jamais algum “pecado do mundo” poderá superar este Amor.
Uma vez mais. Efectivamente, o apelo de Maria não é para uma vez só. Ele continua aberto para as gerações que se renovam, para ser correspondido de acordo com os “sinais dos tempos” sempre novos. A ele se deve voltar incessantemente. Há que retomá-lo sempre de novo.

12. Escreve o Autor do Apocalipse:
“Vi depois a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do Céu, da presença de Deus, pronta como noiva adornada para o seu esposo. E, do trono, ouvi uma voz potente que dizia: Eis a morada de Deus entre os homens. Deus há-de morar entre eles: eles mesmos serão o Seu povo e Ele próprio – Deus-com-eles – será o Seu Deus” (Apoc. 21, 2ss).
A Igreja vive desta fé.

Com tal fé caminha o Povo de Deus.
“A morada de Deus entre os homens” já está sobre a terra.
E nela está o Coração da Esposa e da Mãe, Maria Santíssima, adornado com a gema da Imaculada Conceição: o Coração da Esposa e da Mãe, aberto junto da Cruz pela palavra do Filho, para um novo e grande amor do homem e do mundo. O Coração da Esposa e da Mãe, cônscio de todos os sofrimentos dos homens e das sociedades sobre a face da terra.
O Povo de Deus é peregrino pelos caminhos deste mundo na direcção escatológica. Está em peregrinação para a eterna Jerusalém, para a “morada de Deus entre os homens”.
Lá, onde Deus “há-de enxugar-lhes dos olhos todas as lágrimas; a morte deixará de existir, e não mais haverá luto, nem clamor, nem fadiga. O que havia anteriormente desapareceu” (Cfr. Apoc. 21, 4).

Mas “o que havia anteriormente” ainda perdura. E é isso precisamente que constitui o espaço temporal da nossa peregrinação.
Por isso, olhemos para “Aquele que está sentado no trono” que diz: “Vou renovar todas as coisas” (Cfr. Ibid. 21, 5).

E juntamente com o Evangelista e Apóstolo procuremos ver com os olhos da fé “o novo céu e a nova terra”, porque o “primeiro céu e a primeira terra” já passaram...
Entretanto, até agora, “o primeiro céu e a primeira terra” continuam, estando sempre à nossa volta e dentro de nós. Não podemos ignorá-lo. Isso permite-nos, no entanto reconhecer que graça imensa foi concedida ao homem quando no meio deste peregrinar, no horizonte da fé dos nossos tempos, se acendeu esse “Sinal grandioso: uma Mulher”!
Sim, verdadeiramente podemos repetir: “Abençoada sejas, filha, pelo Deus altíssimo, mais que todas as mulheres sobre a Terra!

... Procedendo com rectidão, na presença do nosso Deus,... Aliviaste o nosso abatimento”.
Verdadeiramente, Bendita sois Vós!

Sim, aqui e em toda a Igreja, no coração de cada um dos homens e no mundo inteiro: sede bendita ó Maria, nossa Mãe dulcíssima!


HOMILIA DO PAPA JOÃO PAULO II
Fátima, 13 de Maio de 1982

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